Bruno Vilela | Recife - Brasil * 1977

Contato
contatobrunovilela@gmail.com
A poética do artista, que vem sendo afinada há mais de vinte anos, é conhecida pelo repertório de símbolos, mitos e arquétipos que conjugam natureza e cultura, tencionando categorias a priori distintas, em busca de um pensamento mágico. Reunindo imagens de várias manifestações culturais, Vilela elabora um léxico próprio, tendo a natureza como constante protagonista. Onças, matas fechadas, densas florestas tropicais, folhagens, rios e barcos nos convocam a uma experiência imersiva. Diante de sua pintura, por vezes questionamos a noção de tempo histórico, como se a narrativa se situasse num suposto “estado primordial” do humano.
É preciso, ainda, situar a obra do artista dentro de questões caras ao século XXI, como o colapso do modelo civilizatório ocidental junto ao intenso movimento de revalorização de saberes e tecnologias de comunidades tradicionais. A partir da experiência de catástrofes ininterruptas e múltiplas falências do projeto moderno, questionamos o privilégio da ciência em detrimento de outros modelos de produção de sentido. Creio que o trabalho de Vilela está orientado com esta perspectiva, uma vez que traz a tona um conjunto de referências dissidentes, como a religiosidade afro-brasileira e os mitos amazônicos. Pollyana Quintella
“Eu tenho sonhos e pesadelos fantásticos. Gostaria de fotografar esses eventos que saltam do inconsciente na hora do sono. Na impossibilidade de fazê-lo eu os transformo em pinturas. Portanto, o problema da minha pintura é psicológico”; diz o artista. Vilela trabalha com a desconstrução e realocação dos mitos ancestrais, das liturgias e do imaginário das religiões, o pensamento primitivo e a obsessão por tornar "visível" as imagens do inconsciente. Desde 2010 desenvolve uma pesquisa na tríplice fronteira entre a fotografia, o desenho e a pintura. Atualmente busca uma relação entre literatura e artes plásticas. “Minhas pinturas contam histórias de uma mitologia pessoal. Não tenho interesse em fazer arte contemporânea, contingente de seu tempo. Minha motivação é fazer uma obra atemporal”; nos fala. Seu processo de trabalho está muito próximo do cinema. Prepara uma locação com modelo, atriz, figurino, luz específica, e fotografa a cena. Num segundo momento, de volta ao ateliê em Recife, escolhe a melhor imagem para pintar. O óleo vai onde a lente não pode alcançar. Suas obras em pastel seco também estão numa fronteira entre a pintura e o desenho, mancha feita em técnica seca sobre papel. Imagem fotográfica revelada com o uso da borracha e do carvão.
Canal no YouTube:
https://www.youtube.com/channel/UC1ruWza7hfEJbca6mIBhrlw
Exposições individuais
2022 – Drama Dream, Galeria Lume, São Paulo/SP.
2022 – Turquesa Escarlate, Garrido Galeria, Recife/PE.
2019 – Shiva, Galeria Anita Schwartz, Rio de janeiro/RJ.
2018 – Hermes, Galeria Amparo 60, Recife/PE.
2016 – O livro de São Sebastião, Galeria Anita Schwartz, Rio de janeiro/RJ.
2016 – Textos Bárbaros, Galeria Oscar Cruz, São Paulo/SP.
2015 – A Sala Verde, Palácio Pombal, Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa/Portugal.
2015 – ELA, MAC-CE, Dragão do Mar. Fortaleza/CE.
2014 – Animattack, Galeria Amparo 60, Recife/PE.
2013 – Dia de festa é véspera de dia de luto,
Paço das Artes, São Paulo/SP.
2013 – Voodoo Drama, Amparo 60, Recife/PE.
2012 – Ouroborus, Galeria Laura Marsiaj, Rio de janeiro/RJ
2011 – Cabeça de santo, Galeria Mariana Moura, Recife/PE.
2010 – Bibbdi Bobbdi Boo, CCBNB, Fortaleza/CE.
2009 – O Céu do Céu, Museu do Estado de Pernambuco, Recife/PE.
2008 – Bibbdi Bobbdi Boo, Galeria Massangana, FUNDAJ, Recife/PE.
2006 – Réquiem sobre papel, Museu Murilo La Greca, Recife/PE.
2002 – A Imagem nº1, Galeria Baobá - FUNDAJ, Recife/PE.
Exposições Coletivas
2023 – About Water & Plants, Troy House Foundation, Londres/UK.
2021 – Espelho Labirinto, CCBB, Brasília/DF.
2020 – Conversas diplomáticas, Galeria Celma Albuquerque, Belo Horizonte/MG.
2017 – Prêmio Marcantonio Vilaça, MuBE, São Paulo/SP.
2017 – Contraponto - Coleção Sérgio Carvalho, Museu Nacional de Brasília.
2017 – A luz que vela o corpo é a mesma que revela a tela,Caixa cultural/RJ.
2016 – Orixás, Casa França Brasil, Rio de Janeiro/RJ.
2015 – Fotos Contam Fatos, Galeria Vermelho, São Paulo/SP.
2015 – Art from Pernambuco, Embaixada do Brasil, Londres/UK.
2014 – O desenho como instrumento. Livros de artista no Sesc Pompeia, São Paulo/SP.
2014 – Frestas - Trienal de Artes, SESC Piracicaba/SP.
2013 – New Brasil Bolivia Now, Memorial da América Latina, São Paulo/SP.
2013 – Dos Percursos e das poesias, MAC – CE, Centro Dragão do Mar, Fortaleza/CE.
2012 – Metrô de superfície, Paço das artes, São Paulo/SP.
2012 – Zona Tórrida, Santander Cultural, Recife/PE.
2011 – World Bank Art Program, Washington/EUA.
2011 – Jogos de guerra, Caixa cultural, Rio de Janeiro/RJ.
2010 – Abre Alas, A Gentil Carioca, Rio de Janeiro/RJ.
2010 – SESC ARTE 24 horas, Pier da Praça Mauá, Rio de Janeiro/RJ.
2010 – Jogos de Guerra, Memorial a América Latina, São Paulo/SP.
2009 – Investigações Pictóricas, MAC Niterói/RJ.
2002 – 45º Salão de Artes de Pernambuco, Recife/PE.
2002 – Projeto Prima Obra, FUNARTE, Brasília/DF.
2001 – 58º Salão de Arte Contemporânea do Paraná, MAC, Curitiba/PR.
2001 – Prêmio Internacional de Pintura de Macau, IMM, Macau.
Prêmios
2013 - Melhor Direção de Arte de Curta-Metragem do
Festival internacional de cinema de Triunfo.
2010 – Prêmio FUNARTE de Estímulo
à Criação Artística em Artes Visuais.
2010 – Prêmio de Incentivo a Cultura do Estado de Pernambuco.
Coleções
CCSP – Centro Cultural São Paulo – São Paulo/SP
Museu Nacional de Brasília – DF
Banco Mundial – Washington, D.C./EUA.
Centro dragão do Mar – Fortaleza/CE.
Centro Cultural do Banco do Nordeste – Fortaleza/CE.
MAMAM, Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães – Recife/PE.
Fundação Joaquim Nabuco – Recife/PE.
Museu do Estado de Pernambuco – Recife/PE.
Publicações
2022 – A persistência da luz
2016 – O livro de São Sebastião
2015 – A Sala Verde
2014 – Animattack
2010 – Voo Cego
2010 – Cabeça de santo